Ainda dorme o Sol
E elas já se apressam
Mal sonhadas
Na madrugada do dia
Que amanhece.
Braços ao alto
Cansados de cuidados
Seguram as canastras
Num gesto repetido
Repartido
Entre o pousar dos dedos
Sobre as ancas.
Rostos lavados
As palavras francas
Seios arfantes
Avançam na manhã.
Tudo nelas me espanta
Me seduz
Mas os seus braços
Na cadência apressada do seu passo
Tão cheios de um vigor pleno de graça
Só os comparo no jeito
A duas asas
No corpo de uma pomba que esvoaça.
Soledade Martinho Costa
Do livro “A Palavra Nua”
Ed. Vela Branca
Tela: Eduardo Malta
. ANIVERSÁRIO DA MORTE DE N...
. VARINAS
. VERSOS DIVERSOS - O CONSE...
. LEMBRAR ZECA AFONSO - 37 ...
. A VOZ DO VENTO CHAMA PELO...
. CARNAVAL OU ENTRUDO - ORI...
. REGRESSO
. 20 DE JANEIRO – SÃO SEBAS...
. UM OLHAR SOBRE A PAISAGEM...
. AS «JANEIRAS» E OS «REIS»...
. BLOGUES A VISITAR