O sopro da distância
Traz-me o som sem palavras
De um piano.
Em voos de borboleta
Que dedos afloram as suas teclas
Quem se debruça nelas?
Enquanto a tarde esfria
Nas notas que se abraçam
Ao perfume verde da paisagem
A melodia aquece o coração.
Sobrepõe-se e silencia
O rumorejo do arvoredo
E o marulhar das ondas
A oferecer uma orla de renda ao areal.
Mistério, fascínio, magia
São as palavras certas
Os acordes têm asas e soltam-se
Talvez por uma janela aberta.
O momento torna-se irreal
Fecho os olhos e penso
Quanta perfeição, quanta harmonia
Entre a música e a natureza.
Fecho os olhos e tenho a certeza
De que alguém, ao longe
Toca para mim.
Soledade Martinho Costa
Do livro «Um Piano ao Fim da Tarde
. CONVERSA DE POMBOS - (Par...
. MEMÓRIAS
. PARABÉNS «SARRABAL» - E V...
. ASSOCIANDO-ME À CELEBRAÇÃ...
. COVID - NEGÓCIOS À PORTUG...
. ABRE-LATAS - O CÃO DA DON...
. A FLAUTA
. HISTÓRINHA - O PICA-PAU E...
. SÃO ROQUE - ADVOGADO CONT...
. BLOGUES A VISITAR