NOSSA SENHORA DO FADO
Vestiram-se de luto
As cordas das guitarras
Calou-se a tua voz
Companheira de longas caminhadas.
Nossa Senhora do Carmo
A quem pedias
Que te acompanhasse
Em cada palco
Chamou-te um dia a si
E tu partiste
Ao encontro de quem por ti chamava.
Ficou o teu perfume no cristal
Aprisionado na distância e na saudade
Entre o silêncio
E o rolar da lágrima
Como quem espera a vinda sem sinal
De um barco que no mar
Está naufragado.
Lembrar agora as tuas mãos
Em sobressalto
E a solidão do teu olhar
É mais do que saber de ti
Onde tu moras.
É dizer que as rosas
Também choram
Quando lhes falta quem as ame.
Recordo a tua sala
Os sons, a luz
O teu retrato, o teu piano
Os objectos dispersos
Em sítios que a memória traz.
Hoje o teu nome
Como o da ave o roçar da asa
Bate diariamente à tua porta.
Sobe os degraus de pedra
E vai procurar-te
Ao lugar onde não estás.
Tu continuas a ser a tua casa.
Soledade Martinho Costa
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