Amêndoas, dentro da «casca de fora».
Castrados de seiva
Esquecidos de outros silêncios
E outros passos
Guardar
Na memória dos olhos
Os cerros
Incendiados
No calor de Julho:
O avatar do tempo
Que dorme
Ao Sol
No dorso dos lagartos.
Das copas
O verde das figueiras
Num beijo de sombra
Pelo chão.
A terra
Labirinto de gretas
Em agonias de sede
Sob a coroa rubra das romãs.
De veludo
Gémeos
Os frutos
Na folhagem das amendoeiras.
Invisível
O canto das cigarras
No sortilégio mouro
Das manhãs.
Soledade Martinho Costa
Do livro “15 Poemas do Sol e da Cal”
Ed. Editorial Presença
De
jhjhjhjh a 5 de Julho de 2008 às 18:53
Viva, carissíma.
Hoje, apesar de ter lido as suas doces amendoas com requinte de pérola, venho fazer-lhe um convite.
O de aceder ao blog do meu grande amigo Carlos:
http://garatujando.blogs.sapo.pt
espero que goste tanto quanto eu!
Passe umas boas férias, cose ja o caso (perdoe a redundancia) que eu gozarei as minhas, infelizmente, longe da internet, longe das sua Lingua portuguesa sempre tão distinta
De
sarrabal a 6 de Julho de 2008 às 23:24
Caro Passos Manuel:
Aceitei a sua sugestão e «cheguei agora mesmo» do "Garatujando". Claro que tem razão: é um belíssimo blog. Deixei algumas palavras, mas tive dificuldade em aceder aos posts e, até, ao próprio blog. Grata pela sugestão e pelas suas sempre amáveis palavras. Conheço muito bem a Póvoa de Varzim, onde tenho bons amigos.
Então e essas suas férias, vai assim para tão longe da Língua Portuguesa? Lembre-se que a nossa Língua é falada em todo o Mundo! Mas eu entendi o que quis dizer... Boas férias, portanto!
Um abraço e até à volta.
Soledade Martinho Costa
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