Enfeitei com flores
O meu cabelo
Entrelacei de sonhos
Os meus dedos
E assim fiquei
Perdida pelos dias
Com estrelas
Nas meninas dos meus olhos.
E a desfolhar
Ausências e demoras
Como se fossem
Rosas de lonjura
Inventei mil enredos
Mil razões
Palavras que não sei
Aonde moram.
E sem que tu soubesses
O segredo
Sonhei a limpidez
Das águas
Sobre as pedras
E o cântico das aves
Nas alturas.
Mas, ai, pobre de mim
Amanheci
Neste deserto sem sol
E sem regresso
Acorrentada ao chão
Da minha espera
Onde a semente é grão
Que não se colhe
No desencontro que aceito
Em cada hora.
Soledade Martinho Costa
Do livro «A Palavra Nua»
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