Olhar-te devagar
Reter as tuas mãos
Dizer teu nome
Beber das palavras
Com que fazes
Mudar em madrugadas
O sol-posto
Toda a distância
Incenso, timbre, gosto.
Olhar-te devagar
Como quem reza
Se ajuíza
Desnuda
Se compara
Ao bailado da folha
Sobre a terra
Na dádiva total
Do Outono.
Soledade Martinho Costa
O olhar alonga-se
Sem pressas no caminho
Rende-se à demora
Vestida de segredos.
O aval
Prende-me no sopé da distância
Como um espelho.
Valeu a pena
Sei.
O nome das coisas
Brilha no silêncio
E a fragrância das flores por abrir
Respiro-a no canto repetido.
Talvez houvesse um outro tempo
Um outro descobrir
Apenas pressentido
Na lonjura dos passos que guardei.
Soledade Martinho Costa
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