E cá estamos a festejar de novo mais um aniversário teu, minha querida neta. Desta vez, são aninhos! O tempo passa depressa, minha «2ª Imperatriz»: estás alta, bonita, um dia destes ficas uma senhora!
Que passes um dia muito feliz, na escola, com a Prof. Natércia e os teus colegas – e que o bolo chegue para todos! O outro será para festejar em casa, sem que falte em ambos o «fogo de artifício», como lhe chamas. A tua mana, principalmente, vai adorar!
Como já sabes, fazes anos na véspera do Dia de Todos os Santos. Uma data muito especial. Que todos eles te acompanhem pela vida fora, com saúde e todo o bem que só os Santos sabem dar.
Desta vez resolvi colocar no Sarrabal não a foto de um bolo de aniversário, mas esta imagem de um grande significado e de uma enorme ternura. Repara no amor da mãe/ave a aconchegar e a proteger os seus dois filhos. Lindíssimo, não achas? Sei que vais gostar. No Facebook vou colocar uma outra imagem. Depois verás.
Como tens aulas, fico à espera de dar-te a minha prendinha, lá mais para o fim da tarde, e muitos, muitos beijinhos, meu amor.
Da Avó Soledade.
«A escritora Maria Eugénia Neto é a grande vencedora do Prémio Nacional de Cultura e Arte, edição 2011, na categoria de Literatura, anunciou ontem no Centro de Imprensa, em Luanda, o presidente do júri, Zavoni Ntondo, em cerimónia presidida pela ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva.
Maria Eugénia Neto foi galardoada pela sua contribuição e persistência na valorização da literatura infanto-juvenil, numa altura em que se procura, cada vez mais, promover o gosto pela leitura, pela reflexão e espírito crítico, no seio das gerações mais novas.
Segundo o presidente do júri, a escritora também cultiva o género lírico e a sua poesia, além de constituir uma saudosa e angustiante evocação da imagem do seu marido, mantém um forte vínculo de intertextualidade com a obra “Sagrada Esperança”, problematizando aquilo que o social busca problematizar.»
S:M:C:
Este poema também é meu. Espero que ouçam e que gostem.
Especialmente dedicado a Alfredo Gago da Câmara e Piedade Rêgo Costa.
http://www.youtube.com/watch?v=lblt3gjemfs
Gostava de contar-te
Da gota de água
Que desce até ao rio
E em pleno mar
Rebenta em desvario
Nas grandes ondas
Que voltam a ser gotas.
Gostava de contar-te
Da mão que me não estendes
Indecisa
Das palavras
Reféns em tua boca
Da fiança e permuta
Que não gritas.
Do fio de luz
Filtrado pela vidraça
Da janela do quarto
Onde adormeces
A vigiar teus sonhos
Já não castos
No corpo de mulher
Aonde habitas.
Contar-te
Tudo quanto é tédio
E febre
E risco
Nas ruas/labirinto
Onde te enleias
A cada passo
Desflorando o rosto
Ante as imagens
Que o teu olhar aprende.
Contar-te, sim
Das mil
Diversas coisas
Pequenas/grandes coisas
Ancestrais
Sementes de colheitas
Repetidas
Num sortilégio de Sol
Em cada mão.
Mas tudo tarda e esfuma
Diluído
Neste mutismo
De aço e de cristal
Que nos junta
Nos julga
Nos agride
E permanece ave adormecida
Sob esta ponte sem margens
Nem razão.
Soledade Martinho Costa
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