Se o desafio se impõe/ por obra e jeito/ e tem por meta um rumo a prosseguir/ entre aquele que o fez/ e quem aceita/ ergue-se então um muro a dividir./ Resta cumprir/ da ética o conceito/ ante a vontade do povo e do Poder:/ saber falar/ é também saber ouvir.
S.M.C.
SUGESTÃO: Aos meus colegas políticos. Vão às escolas, às feiras, aos mercados, à rua e ouçam quais são, de facto, os problemas dos portugueses. Fui o primeiro, mas não pretendo o exclusivo.
DISPARATE: Portugal está na cauda da Europa. Não nascemos condenados à pobreza mas devemos perceber que a riqueza das Nações só vem do trabalho, do esforço e do talento.
ESCÂNDALO: Ao fim de 25 anos de variadas formas de democracia continuamos sem notários privados, prosseguimos sem «genéricos» e os impostos altos só são pagos por aqueles que não podem fugir. São três pequenos exemplos de um neo-cooperativismo mal assumido que prejudica o interesse geral. Era só ter coragem para tomar decisões – mas a coragem não é exactamente um valor em alta.
APLAUSO: A Portugal e aos portugueses pelo nosso passado. O futuro não se fará com menos ousadia.
EXPECTATIVA: A de conseguir mudar o que considero injusto. Ser justo ou injusto eis a questão de quem governa.
PREOCUPAÇÃO: Com os jovens. São os que mais desconfiam da política e pior retratam os políticos. Com razão.
EMOÇÃO: A de encontrar muitos portugueses que me dizem «força», sem me pedirem seja o que seja. A força da convicção é enorme: a esperança noutro rumo, começando noutro porto, é poderosa.
AMOR: À vida. À família, aos amigos, a Portugal.
SAUDADE: De Francisco Sá Carneiro. Sem qualquer dúvida.
SONHO: Chegar ao século XXI e levar comigo, no que puder ajudar a melhorar, o país que ainda está no século passado: o Portugal das pensões miseráveis e das consultas que chegam depois das doenças. Pobreza, em Portugal, é velhice, solidão e doença. E não há VELHICE MÍNIMA GARANTIDA.
MEDO: Dos antigos marxistas que agora são liberais selvagens. Deus nos livre da espécie.
INTIMIDADE: Quando se perde, nunca mais se ganha.
FIGURA PÚBLICA MAIS: João Paulo II. Se chego a vê-lo no Iraque, desafiando os poderes do Mundo, e obrigando a espuma dos dias a centrar-se na alma das pessoas, passarei todos os limites da admiração que já tenho por ele.
FIGURA PÚBLICA MENOS: Qualquer «clone» do Tony Blair.
CALENDÁRIO: Faz-me lembrar a noção do tempo. Sou paciente no ser e urgente no fazer.
Autoria e coordenação: Soledade Martinho Costa
In Notícias Magazine/1999
Nota – Conheci pessoalmente Paulo Portas no lançamento de um livro de Rita Ferro. A ele coube fazer a apresentação da obra. Seguiu-se um novo encontro, no lançamento de um outro título da Rita. Nada mais. Mas devo acrescentar que admiro Paulo Portas na sua qualidade de jornalista e de orador. Como independente, fui Mandatária Concelhia de Maria de Lourdes Pintasilgo e, posteriormente, de Mário Soares. Por aí me fiquei. Não gostei da política vista por dentro – nem gosto da política vista por fora.
Na altura deste inquérito, Paulo Portas exercia as funções de deputado no Parlamento Europeu. Passados estes anos, com outras funções políticas pelo meio, apresenta-se, no novo Governo recentemente constituído, como Ministro dos Negócios Estrangeiros. Portugal espera. Os Portugueses também. Aguardemos. Se os actos correspondessem às palavras, Portugal e os Portugueses não teriam razão de queixa…
S.M.C.
Assembleia da República
Os gestos
Mimam
Em vários idiomas.
Os olhos
Saciados de azul
Vão e voltam
Famintos só
De imaginado espanto.
Os passos
Longe da outra face
Oculta do esplendor do Sol.
Na película
O sorriso
Digressionado
Companheiro do bilhete de ida e volta
Baloiça à tiracolo.
Soledade Martinho Costa
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