Isabel Silvestre
De há muito que tinha prometido falar deste último livro de Isabel Silvestre. O problema tem sido a minha falta de tempo. Como autora, escrevo mais do que leio – embora leia (não tanto como desejava). Mas há sempre os livros que recebo dos colegas e que pretendem, depois, saber a minha (modesta) opinião. Aí, não posso, mesmo, falhar.
Tenho um trabalho (longo) começado, projectos para editar outro livro de poemas e um de crónicas. Tenho um blog e o Facebook. E tenho quatro netos! O tempo escasseia. Quando dou por mim, são três ou quatro da manhã! É verdade que possuo alguma experiência no que se refere a crítica literária. Exerci-a durante anos em jornais e revistas. Já o fiz, aqui, no meu próprio blog. Volto hoje a fazê-lo. Talvez mais exactamente, uma referência a um dos últimos livros que li.
É sua autora a minha amiga Isabel Silvestre (exactamente, essa voz lindíssima de Manhouce). Trata-se, como não podia deixar de ser, de um livro voltado para a etnografia, com o título «Memórias de um Povo», editado por «Temas e Debates – Círculo de Leitores».
Isabel Silvestre escolhe uma frase bonita (e ao seu jeito) para abrir o livro: «Minha terra, minha gente, minha família». E é isso mesmo o que vamos encontrar ao longo das 278 páginas desta obra: um trabalho de pesquisa, exaustiva e minuciosa, que nos fala de «Manhouce: Terras e Gentes»; da «Vida Familiar»; da «Relação com a Terra» e da «Vida Social e Comunal».
Numa linguagem simples mas erudita, vamos, então, percorrendo os caminhos daquilo que é muito nosso, muito português, e que a autora não deseja perder, mas, antes, legar aos vindouros: Lengalengas; Contos-Religião; Rezas; Modos de Falar; Expressões; Pragas; Provérbios; Adivinhas; Quadras; Romances; Histórias do Zé do Gestoso; Amor; Cantar ao Desafio; Encontros; Recordações de Isabel Silvestre e Partituras (cantigas tradicionais).
O livro é acompanhado ainda por um CD, «Festa dos Reis», gravado em 1982 (pelo menos o meu trazia…). Um prazer de leitura, uma simplicidade e rusticidade que agrada e nos faz pensar que os tempos só mudam quando nós deixamos que tal aconteça. Preservar o Passado transportando-o até ao Futuro, como herança de um Povo, que é o nosso, foi o que Isabel Silvestre se propôs fazer, com carinho, empenho e muito trabalho, a merecer a atenção dos leitores.
Soledade Martinho Costa
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