Quinta-feira, 4 de Março de 2010
Pela tua morte, mas manifestando o meu repúdio pelo luto que não se fez na tua escola EB 2/3 Luciano Cordeiro de Mirandela.
Soledade Martinho Costa
Porque entendo que este belo e sentido poema não deve ficar apenas escondido na caixa dos comentários, aqui fica para que todos os visitantes deste blog o possam ler. Poema escrito com o coração e consciência lúcida. Muito mais, pelo facto de ser uma professora quem o escreveu.
Ibel, só posso agradecer-lhe com as minhas lágrimas pelo contributo das suas palavras.
SMC
Tinha 12 anos e tinha medo
E tinha um pesadelo
E um pântano no olhar
E o corpo numa grade
E a alma numa cela
E o sonho de um rio
Onde o medo se afogasse.
Tinha doze anos e uma escola
Que lhe ceifava as asas
E o fechava nesse medo
Que tinha e tinha doze anos!
"Tão jovem! Que jovem era?
Agora que idade tem?"
Chamava-se Leandro e era pequenino
Com um pavor tão grande
Que se abraçou às águas
No rio triste que o acolheu
Para o libertar do pântano
Onde o medo lhe tolhia
O respirar de cada dia.
E voou...
Que céu te acolhe, Leandro?
Que escola te matou?
Isabel Fidalgo
De paulo assim a 8 de Março de 2010 às 22:18
Olá, Soledade.
«Aceitei» a sua proposta e vim até aqui dar uma vista de olhos, como se costuma dizer. Realmente, fiquei com a impressão de que nos bastidores da escrita (digamos assim) as coisas não são nada meigas. E é bom estar informado. Sobre a autora falecida, nunca li nada dela. O que conta acerca do livro infantil é, para mim, um grande descrédito para o seu (dela) trabalho literário. Pode ter sido genial noutros campos - e foi-o certamente - mas não, seguramente, no campo da literatura. Isto tendo em conta tudo o que acabo de ler nas caixas de comentários.
Quanto ao cantor/autor, pensei, pensei... e não cheguei lá. Apenas estou a ver um da nova geração e que escreve sempre em letras minúsculas, inclusive o próprio nome, mas não me parece que seja ele...
Bem, cumprimentos.
De
sarrabal a 9 de Março de 2010 às 00:41
Olá, Paulo!
Cheguei agora mesmo ao Sarrabal e dei com o seu comentário. Pois é, eu até acho que a referida autora não tinha necessidade de fazer o que fez. Mas a papinha feita deve saber bem. Depois, a ideia assentava que nem uma luva para ser proposta a uma fábrica de tintas: as cores! Quando disse no post do Daniel que foram 3000 exemplares para o círcuito livreiro, enganei-me: foram 5000. Que descanse em paz!
O outro, bom, já não é novo e tem um filho a ilustrar-lhe os livros, que posso dizer mais? Como o livro não chegou a sair... Pense, pense, que não é difícil chegar lá. Agora, o autor de que fala, «nova geração», a «escrever com minúsculas, até o próprio nome»...Creia que não é o «tal».
Mas também não estou a ver quem seja...
Todas estas histórias davam um romance. Por acaso conhece «O Caso do Sonâmbulo Chupista»? Trata-se de um opúsculo assinado pelo escritor Luiz Pacheco em que compara as obras «Aparição», de Vergílio Ferreira, e «Domingo à Tarde» de Fernando Namora. Um caso muito sério!
Há um outro, escrito por Joaquim Cardoso com o título: «Ferreira de Castro Desmascarado - a verdade sobre o romance «Emigrantes». Tenho ambos. Não admira que Clara Pinto Correia faça parte da lista...
Abraço da Sol
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