Terra arroteada ao calor das veias
Em ti se enrola
O corpo em sobressalto
Preso das ondas
Do vento
Da maresia
Do voo das gaivotas
Em manhãs de espuma.
Em ti se acoita
O medo
A lágrima
A agonia
No ventre abrupto e prenhe
Das escarpas e das dunas.
Em ti se fala
A língua
Dos vultos embuçados
Da névoa
Dos corais
Dos búzios
E dos limos.
Em ti se ausculta
A noite
A morte
E os segredos
Que estalam
Nos chicotes
Que zurzem os destinos.
Marco de bruma
Travo de sal
Que a vastidão da raia
Aponta
Descreve
Delimita
Ao canto das sereias
No embrião dos dias.
Terra sem nome
Suspensa dos rochedos
Aonde aportam
Insones os fantasmas
A clamar palavras impossíveis
Ante o perfil
Das altas penedias.
Soledade Martinho Costa
Do livro “Poemas do Sol e da Cal”
(Ed. Editorial Presença)
. ANIVERSÁRIO DA MORTE DE N...
. VARINAS
. VERSOS DIVERSOS - O CONSE...
. LEMBRAR ZECA AFONSO - 37 ...
. A VOZ DO VENTO CHAMA PELO...
. CARNAVAL OU ENTRUDO - ORI...
. REGRESSO
. 20 DE JANEIRO – SÃO SEBAS...
. UM OLHAR SOBRE A PAISAGEM...
. AS «JANEIRAS» E OS «REIS»...
. BLOGUES A VISITAR