Que mais posso fazer por ti, agora
A não ser compor este poema
E dedicar-to?
Escrever estas palavras que me imponho
E queria fossem belas
Como o canto do vento
Nas searas breves?
Sim, eu sei
É tarde.
Tarde para estender para ti
O meu regaço
Materno de acudir ao teu cansaço
Feito da espera dos dias sem resposta.
Tarde de mais, eu sei
Para qualquer gesto.
Por isso
No silêncio que me trouxe
O ciciar amaro do teu nome
Em ti recuso a flor e o luto
O rito pelos mortos.
Tua lembrança
Em carne viva está e permanece
És tu, ainda
A chama
A força
O grito.
Obstinadamente
A voz que se não esquece.
Soledade Martinho Costa
Do livro a publicar «Um Piano ao Fim da Tarde»
. ANIVERSÁRIO DA MORTE DE N...
. VARINAS
. VERSOS DIVERSOS - O CONSE...
. LEMBRAR ZECA AFONSO - 37 ...
. A VOZ DO VENTO CHAMA PELO...
. CARNAVAL OU ENTRUDO - ORI...
. REGRESSO
. 20 DE JANEIRO – SÃO SEBAS...
. UM OLHAR SOBRE A PAISAGEM...
. AS «JANEIRAS» E OS «REIS»...
. BLOGUES A VISITAR