No sibilar do vento
Um nome paira
E se enamora
Da vastidão morena
Alentejana.
Flor…Flor…
Murmura o vento
E implora
Que escutem o seu canto
E o decorem.
E as giestas
Amantes e saudosas
Senhoras do silêncio
Das charnecas
Ao ouvi-lo cantar implorando
À planície fecundada pelo sol
Agitam exaltadas as corolas
E repetem
Transformadas em perfume
As sílabas amadas desse nome.
Bela…Bela…
Insiste o vento
E no seu canto persiste
E se demora.
E todo o Alentejo
Quente e branco
Acorre a consolá-lo
Nessa hora:
Descansa, vento
Descansa e cala
A saudade apaixonada do teu canto
Que Florbela é nossa
E aqui mora.
Soledade Martinho Costa
Do livro «Poemas do Sol e da Cal»
(Editorial Presença)
. ANIVERSÁRIO DA MORTE DE N...
. VARINAS
. VERSOS DIVERSOS - O CONSE...
. LEMBRAR ZECA AFONSO - 37 ...
. A VOZ DO VENTO CHAMA PELO...
. CARNAVAL OU ENTRUDO - ORI...
. REGRESSO
. 20 DE JANEIRO – SÃO SEBAS...
. UM OLHAR SOBRE A PAISAGEM...
. AS «JANEIRAS» E OS «REIS»...
. BLOGUES A VISITAR