Domingo, 17 de Março de 2024

ANIVERSÁRIO DA MORTE DE NATÁLIA CORREIA (16 DE MARÇO DE 1993)

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NATÁLIA CORREIA

 

A Mátria foste um dia

E o grito ergueste

Que forte era a razão

E grado o jeito.

 

Deixaste a tua voz

Soar mais longe

Ficaram as palavras

E o motivo

Do fogo que te coube por direito.

 

Lançados sobre a terra de cultivo

Poemas semeaste

Num assomo de incerteza e de receio

Como filhos arrancados ao teu peito.

 

Soledade Martinho Costa

 

Do livro O Nome dos Poemas

Publicações Vela Branca

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Sábado, 16 de Março de 2024

VARINAS

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Ainda dorme o Sol
E elas já se apressam
Mal sonhadas
Na madrugada do dia
Que amanhece.

Braços ao alto
Cansados de cuidados
Seguram as canastras
Num gesto repetido
Repartido
Entre o pousar dos dedos
Sobre as ancas.

Rostos lavados
As palavras francas
Seios arfantes
Avançam na manhã.

Tudo nelas me espanta
Me seduz
Mas os seus braços
Na cadência apressada do seu passo
Tão cheios de um vigor pleno de graça
Só os comparo no jeito
A duas asas
No corpo de uma pomba que esvoaça.

Soledade Martinho Costa

Do livro “A Palavra Nua”
Ed. Vela Branca

Tela: «As Varinas», Eduardo Malta 

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Sábado, 9 de Março de 2024

VERSOS DIVERSOS - O CONSELHO DO MOCHO (Para os mais pequenos)

 

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Com ar sabedor

falava ao Leão

rei dos animais

o Mocho Doutor:

 

Oiça o que lhe digo

Senhor Rei Leão:

quer queira

quer não

há-de vir um dia

em que os animais

façam à porfia

uma revolução!

 

Não sacuda a juba

não diga que não

pois a quem agrada

ter um Rei assim

sentado no trono?!

 

Brutal

comilão

que só pensa em si

em fazer festança

encher bem a pança

e dormir um sono?!

 

Depois

não se queixe Vossa Majestade

eu estou a avisá-lo com boa vontade

Um dia verá:

 

Verá que hão-de vir

os fortes Bisontes

as pacatas Zebras

os Ursos ferozes

as Águias Reais

Falcões e Serpentes

Lobos e Chacais.

 

As altas Girafas

serenas Gazelas

Veados

Raposas

Castores e Macacos

e outros bichos mais.

 

Verá que hão-de vir

e então…

Então

bem os há-de ouvir

gritar com razão:

 

Abaixo o reinado

D´el Rei Dom Leão!

Abaixo o reinado

D´el Rei Dom Leão!

Depois

bem…

Depois pouco mais.

 

Com prazer (aposto)

há-de ser deposto

pelos animais!

 

E noite avançada

até o Grilinho

com chapéu de coco

cantará

já rouco

a cair de sono:

 

Vencemos! Vencemos!

El Rei Dom Leão já não está no trono!

Vencemos! Vencemos!

Já só é Leão

sem ceptro

e sem trono!

 

Deitarão foguetes

farão uma festança

e enfim

será livre

a nossa Floresta!

 

Soledade Martinho Costa

 

Do livro Um-Dó-Li-Tá

Ed. Figueirinhas

 

publicado por sarrabal às 21:47
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Sábado, 24 de Fevereiro de 2024

LEMBRAR ZECA AFONSO - 37 ANOS PASSADOS

ZECA AFONSO III.jpg

Ao soar do adufe em tua mão

Abre em esplendor um cravo rubro

Que teima, que resiste

A renascer da espera do teu povo

Na raiz da esperança que se fez canção.

 

Mas se a mudança tarda, se não foi além

Ainda estando tu junto de nós

Nela respira o apelo que sonhaste

Nessa herança apetecida

Que nos traz os teus poemas no som da tua voz.

 

Soledade Martinho Costa

 

Do livro «O Nome dos Poemas»

Ed. Vela Branca

publicado por sarrabal às 19:23
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Quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2024

ALENTEJO AUSENTE

 

191569340_4000639786690557_7742730912521918004_n.jHei-de voltar um dia ao Alentejo

Que de saudades eu não posso mais

Para sentir no rosto o beijo aceso

Do vento quando volta dos trigais.

 

Hei-de voltar um dia ao Alentejo

Ao canto das cigarras pelo Verão

Ao vulto dos pastores que se demoram

À procura da sombra pelo chão.

 

Hei-de voltar um dia eu sei que volto

Para rever os meus e a minha casa

A minha terra amiga como brasa

Aonde a espiga se transforma em pão.

 

Quero que adormeça nos meus olhos

a vastidão das tuas planíces nuas

e acorde em meus ouvidos os teus cantes

a deixar um travo doce pelas ruas.

 

Meu Alentejo de giestas e de sede

das ceifas e montados ancestrais

Meu Alentejo meu país sem medo

Que de saudades eu não posso mais.

 

Soledade Martinho Costa

(Reescrito com uma nova estrofe. A primeira versão encontra-se Incluída no CD «Contra a Corrente», com música de José Cid e interpretação de Jorge Góis)

publicado por sarrabal às 18:54
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Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2024

A VOZ DO VENTO CHAMA PELO TEU NOME

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Se algum dia chegasse a libertar-me

Deste laço a tornar-me prisioneira

Voltaria de certeza a enlear-me

No teu braço que me traz nesta cegueira.

 

Tão certa do que digo e do que faço

Espero por ti parada frente ao tempo

Como um retrato antigo de menina

Com um bouquet de rosas no regaço.

 

Sem esperança de esquecer-te

E de encontrar-me

Meu coração aos pés

Da tua imagem

Sou a pedra que mora sob o rio

Mas com ele não parte de viagem.

 

E quando o dia morre na voragem

Das horas que se apressam sem retorno

Acendem-se as estrelas na paisagem

E a voz do vento chama pelo teu nome.

 

Soledade Martinho Costa

 

Pintura: George Cochran

 

Do livro «Um Piano ao Fim da Tarde»

Edições Sarrabal

publicado por sarrabal às 23:37
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Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2024

CARNAVAL OU ENTRUDO - ORIGENS (EXCERTO)

carnaval-lazarim-8.jpgÀ semelhança de outras festividades cíclicas do calendário, o Carnaval terá origem nas festas imperiais da Antiguidade, mais concretamente nas Saturnais, realizadas em Roma em louvor de Saturno (primitivo soberano dos deuses e depois importante divindade agrária), que decorriam entre o dia 17 e o dia 23 de Dezembro (no reinado de Júlio César), marcando o final do ano dos Romanos e o princípio de um novo ano agrícola.

Durante as Saturnais, os escravos tomavam o lugar dos senhores, vestiam como eles, satirizavam o seu comportamento ou as suas singularidades, e chegavam a ser servidos à mesa pelos próprios amos. Abolida, temporariamente, a diferença entre escravos e homens livres, uns e outros, nesta espécie de Carnaval pagão, jogavam, comiam e bebiam juntos, em alegre convívio.

Os combates em tempo de guerra eram suspensos, os presos amnistiados, as penas capitais adiadas, os tribunais fechavam e cessavam todas as hostilidades nas cercanias das fronteiras.

Festividades semelhantes tinham lugar na Grécia com o nome de Kronia, onde os escravos, tal como em Roma, usufruíam de um curto tempo de liberdade durante as celebrações.

Vamos encontrar também o Carnaval associado às Bacanais ou Grandes Dionisíacas (festa da terra, do vinho e das florestas), efectuadas em Roma e na Grécia em louvor de Baco ou Dioniso (com a prova do vinho novo), que decorriam nos três meses de Inverno, celebradas, principalmente, pelos camponeses, que se apresentavam mascarados durante as festividades.

As Dionisíacas rurais contavam ainda com a exibição de danças, a cargo das bacantes (adoradoras do deus grego e romano do vinho), restando hoje, supostamente, dessas remotas festividades, os actuais cortejos (incluindo as procissões), acompanhados por música.

Daí, o Carnaval, conforme se supõe, ter sido, no seu início, tão-só uma manifestação de carácter processional ligada a vários rituais do final do Inverno e princípio da Primavera. Não se exclui ainda a hipótese de representar uma reminiscência das festividades consagradas a Ísis, a mais ilustre das deusas do Antigo Egipto, comemoradas no Outono e nos primeiros dias de Março, em Roma.

Adorada pelos Gregos e pelos Romanos, Ísis era considerada a deusa universal e suprema, a iniciadora, aquela que detinha o segredo da fecundidade, da vida, da morte e da ressurreição.

Das cerimónias com as quais a celebravam, destacava-se a de lançar ao mar uma barcaça – o carrus navalis (carro naval) – repleta de oferendas, após ter sido abençoada por um sacerdote, tendo o ritual por objectivo a purificação e a fecundidade das terras.

A multidão assistia mascarada à partida da barca, prosseguindo depois em procissão pelas ruas, crente nos favores de Ísis, isto é, na generosidade da terra com o germinar das novas sementeiras e o provir de colheitas abundantes. O carrus navalis fazia-se representar nas procissões e nas mais diversas manifestações festivas, ficando o seu nome, com o passar do tempo, associado, com ou sem razão, ao do Carnaval.

Na era cristã, a explicação etimológica para o termo «Carnaval» aponta para a palavra carnisvalerium (carnis de carne, valerium, de adeus), o que designaria o «adeus à carne» ou à «suspensão do seu consumo», em função da quadra seguinte: a Quaresma, em que a carne é abolida da alimentação na religião cristã.

A própria designação «Entrudo» – ainda muito utilizada entre nós, principalmente no meio rural –, do latim introitus (intróito), apresenta igual significado: o de introduzir, dar entrada, começo ou anunciar a aproximação da quadra quaresmal.

Em Portugal, uma das primeiras referências ao Entrudo, encontra-se num documento datado de 1252, no reinado de D. Afonso III, embora não propriamente relacionado com as festividades carnavalescas, mas com o calendário religioso.

Na época de D. Sebastião, são várias as menções que salientam as brincadeiras do Entrudo, entre elas a do «lançamento de farelos», que nem sempre acabavam bem. «Entrudos» (ou «entruidos») é também o nome atribuído em diversos lugares aos próprios mascarados, consoante as regiões do nosso País.

 

Soledade Martinho Costa

 

Do livro «Festas e Tradições Portuguesas», Vol. VII

Edição Círculo de Leitores

Foto: Carnaval tradicional da freguesia de Lazarim, Lamego, Viseu

 

 

publicado por sarrabal às 02:54
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Sexta-feira, 9 de Fevereiro de 2024

FIAR A SOLIDÃO

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São a roca

E o fuso

Em tuas mãos

A tecerem o nome

À solidão

Que come o pão

Contigo

À tua mesa.

 

São a roca

E o fuso

Nos teus dedos

A tecerem o linho

Da tristeza.

 

Foram caminhos

Feitos de caruma

Foram rebanhos

Tocados por varinha

Foi a brasa do forno

A cozer broa

Foi o cheiro às estevas

No teu corpo.

 

Já nada se repete

Ou se adivinha

Já nada te consome

Ou te magoa.

Fiandeira

Dos dias que te sobram

Olhos postos

Aos pés do abandono.

 

Na tua cama o sono

Rés ao sonho

Sem que o Inverno traga

A Primavera

Quando as cegonhas partem

No Outono.

 

Soledade Martinho Costa

 

Do livro Um Piano ao Fim da Tarde

Tela: «Velha Fiando», José Malhoa

publicado por sarrabal às 21:11
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Domingo, 4 de Fevereiro de 2024

REGRESSO

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Rodou nos gonzos
O ranger antigo
A sentir na mão a faca apetecida
Com que rasgou o oiro do Outono
E a repelir silêncios reprimidos
Sorveu como da fonte a brisa à madrugada.

Deu passos ao acaso
Como um tonto
Passou as mãos pelos olhos
Não sonhava.

Então
Ergueu a fronte
Endireitou os ombros
E agradou-se dos cardos
Das urtigas
Das paredes de pedra
Do postigo
Da casa mutilada
Denegrida
E assobiou aos melros e aos pardais.

Depois
Transfigurou os traços do seu rosto
Experimentou a força dos seus braços
E a olhar os campos e os montes
Sorriu de manso à terra adormecida
A imaginar os pastos e os trigais.

Soledade Martinho Costa

Do livro «Poemas do Sol e da Cal»

Ed. Editorial Presença

Foto: Luantes Luís Antunes

publicado por sarrabal às 21:36
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Sexta-feira, 2 de Fevereiro de 2024

PASTORA SERRANA

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No olhar que se adensa 

Para além das horas

Fica-te o cismar dos deuses

E dos sábios

Enquanto dos teus rubros lábios

Te escorre

O gosto doce das amoras.

 

Fada dos montes

Dos carreiros e atalhos

Trazes nos dedos

Anéis de escarpas

E rochedos

E a sede matas

Na frescura dos orvalhos.

 

Por ti se prende

E apaixona o próprio vento

Que passa e chora

E to repete num lamento

A estremecer-te o corpo virgem

Todo inteiro.

 

Corpo de semente

Cheirando a Primavera

De mãos rudes e crentes

Vestindo folhas de hera

Esposas das manhãs

Do denso nevoeiro.

 

Soledade Martinho Costa

 

Do livro Reduto

Foto: Jorge Barros  (Parada de Cunhos, Vila Real)

 

publicado por sarrabal às 01:35
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